Quando um problema ligado à saúde acontece na vida de uma pessoa, tanto ela quanto seus familiares e amigos próximos ficam perplexos com a situação, que afeta as relações e a vida de todos. Os envolvidos se organizam para buscar opiniões especializadas e tratamentos com muita motivação. É comum ouvir frases como "logo você se recupera", "vai ficar bom", "você vai ver, você ficará como era antes e estará pronto para outra". Afinal, tudo que almejamos ao longo da nossa vida é progresso, melhorar do ponto que estamos.
Muitas vezes a vida nos traz surpresas desagradáveis, nossas ambições e os planos de vida precisam ser ajustados. Por exemplo, uma lesão na coluna por doença ou um acidente de carro que causou traumatismo craniano afetam bruscamente a organização da vida, pedindo adaptação. É nesse momento que pensamos em reabilitação.
A reabilitação de prejuízos no cérebro e a coluna (alterações neurológicas) parte do suposto que, profissionais, familiares e a pessoa acometida - juntos - podem criar esforços para diminuir, contornar ou acabar com as dificuldades que apareceram. A reabilitação é um trabalho conjunto, que visa melhorar, adaptar e resignificar cada área da vida, diminuindo o impacto que o problema de saúde causou. Essa caminhada é compartilhada entre todos e, dependendo do caso, envolve diversos profissionais, tais como médico, psicólogo, neuropsicólogo, assistente social, nutricionista, fisiatra e terapeuta ocupacional. Durante a trajetória, é comum observar que novos interesses podem ser descobertos, valores são revistos e que coisas que não eram tão valorizadas, passam a ser. Esse é o momento do auge da reabilitação, pois todas escolhas são tomadas e priorizam a qualidade de vida, além de mostrar que somos capazes de nos adaptar, descobrir novos interesses e vencer as dificuldades.
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